quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Minha alimentação e como nasceu o Pedreiro

Herdei da minha mãe o dom de gostar de cozinhar, mas não foi dela que herdei o olho grande. Ganhava de todo mundo no rodízio de pizza, e era a amiga chocólatra e que só comia besteira no almoço. Sempre amei massas, batata frita e coca cola. Nunca fui magrinha, mas também não era gorda. Se engordava um pouquinho, fechava a boca e voltava ao peso de antes. 
Aí a gente entra na faculdade, vai morar sozinho, passa dos 20 anos, começa a namorar, e o resultado disso tudo é uns quilos a mais na balança que não querem ir embora. As roupas de antes começam a não servir mais, e sempre tem alguém pra fazer um comentário maldoso. Passei a não me reconhecer mais no espelho, e ter vergonha de colocar um biquíni pra ir à praia.  
Em abril de 2014 tomei vergonha na cara e comecei a fazer a dieta Dukan. Pra quem não conhece, ela tem três fases. Na primeira, só é permitido comer proteínas, e nenhum carboidrato ou gordura. Na segunda, alternam-se dias onde são permitidos vegetais, e dias onde estes são proibidos. Precisei mudar radicalmente minha alimentação, usar ingredientes que nunca tinha usado, e colocar toda a minha criatividade em jogo, criando receitas diferentes para que eu não tivesse que comer todos os dias as mesmas coisas.
Hoje em dia, por questões de saúde, já não sigo mais a Dukan. Ainda tenho muita influência dela na minha rotina alimentar, mas inseri carboidratos integrais e frutas durante o dia e procuro comer apenas proteínas durante a noite. 
Confesso, não fui muito xiita durante esses quase três meses. Por diversas vezes me permiti comer gordices nos fins de semana e se não fosse por isso poderia, sim, ter emagrecido mais. Mas esse escape me ajudou a me controlar nos dias “normais” e a levar uma rotina alimentar restritiva. 
Aprendi muito durante esse período. Aprendi a pensar com o cérebro e não com o olho. A comer light enquanto outras pessoas comiam coisas que eu amo. A mascar Trident pra controlar a ansiedade de comer doces. Minha maior vitória não foi a perda de peso. Foi a batalha interior que eu venci e que já tinha dado por perdida há muito tempo. Soube o que é ter autocontrole, coisa que eu nunca havia conhecido. A sensação de liberdade e controle sobre si mesmo é indescritível. 
Criei esse blog pois acho que o prazer de comer bem não precisa estar dissociado de ser saudável. Odeio restringir muito minhas porções: Um bife do tamanho da mão, duas colheres de sopa de arroz integral, uma concha de feijão, nem um grão a mais. Se fizermos as escolhas certas, podemos sim comer um prato daqueles de pedreiro e ainda sim continuar sendo light!

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